quinta-feira, 27 de junho de 2013

ENCONTRO DE FORMAÇÃO CATEQUISTAS - VICARIATO OCEÂNICO

Encontro de formação para catequistas na paróquia de São José de Piratininga - Vicariato Oceânico - com a Professora do CPC, Hélia Carestiato.









Enviado por: Catari.

terça-feira, 25 de junho de 2013

EXPERIÊNCIA DE FÉ - É Tarefa da Catequese capacitar, suscitar e comunicar uma verdadeira experiência de fé ligada à vida.

A fé é dom de Deus - Experiência de fé.
Parece contradição, mas vivemos num tempo místico dentro de um mundo secularizado e pluralista. A experiência de fé passa muitas vezes por crises. Em decorrência disto, para muitos cristãos a fé é assumida em momentos estanques ou em celebrações ocasionais, de forma individual, sem vínculo de pertença a uma comunidade.
Constatamos a triste realidade de que, para um número expressivo de cristãos, a vivência da fé parou conforme os ensinamentos da infância. Hoje, como adultos, experienciam uma fé infantil ou agitada pelos ventos dos interesses de um lado para o outro.

É tarefa da Catequese capacitar, suscitar e comunicar uma verdadeira experiência de fé ligada à vida. A experiência da fé vem integrada e interiorizada à experiência humana. A fé é dom de Deus, mas precisa ser conhecida, professada, celebrada, comprometida na construção e crescimento da vida. Pois, segundo a Evangelli Nuntiandi, " a fé faz a pessoa viver aquela nova maneira de ser, viver, de estar junto com os outros que o Evangelho inaugura" (EN 23).

O adulto quer saber e decidir. Tem necessidade de conhecer e reconhecer aquilo em que acredita. Cabe à catequese apresentar as motivações adequadas e o acompanhamento na caminhada do adulto em seu processo de aprofundamento da fé de inserção na comunidade cristã.

O aprofundamento na fé exige atualização contínua. Todo adulto cristão é chamado a "estar pronto para dar razão de sua fé" (1Pd 3,15) e compreender e assumir a "verdade que liberta" (Jo 8,32). O caminho de fé deve atingir a mente e tocar coração da vida. A fé se faz caminhando, como os discípulos de Jesus que aprenderam do mestre e dele experimentaram seu ideal de vida. A exemplo dos discípulos de Emaús (Lc 24, 13-35), o adulto é convidado a refazer a caminhada de sua fé, construindo o caminho que o leva a um verdadeiro seguimento de Jesus Cristo na comunidade cristã.

Como valorizar toda experiência de fé dos adultos, despertando neles oportunidade de crescimento e maturidade de vida cristã?

Fonte: 2ª Semana Brasileira de Catequese
Acompanhe as próximas postagens.

EXPERIÊNCIA DE COMUNIDADE - CONDIÇÃO INDISPENSÁVEL PARA UMA CATEQUESE PERMANENTE


"O lugar normal da Catequese é a Comunidade Cristã" CR 118
Vivemos numa sociedade que acalenta o individualismo exasperado, gerador de pessoas solitárias, sozinhas, cheias de ansiedade, angustiadas, suplicando por uma convivência fraterna.

O adulto percebe o contexto em que vive. Por mais variado e pluralista que ele seja, faz dele sua referência. Não encontramos comunidades estáticas ou totalmente inertes. Elas são campo para ser fertilizado. Sempre há pequenos indícios de crescimento de luta, de partilha e de desenvolvimento. A comunidade é o lugar da história, da experiência do encontro, dos relacionamentos.

Nela a vida nasce, cresce, floresce e também esmorece. É lugar de crescimento da fé. É um útero materno que necessita de muitos elementos, cuidados e clima favorável para manter todo o processo gestador em crescimento.

A comunidade cristã é chamada a alimentar seus membros com a mesa da Palavra e da Eucaristia, como sustento para o exercício das múltiplas atividades pastorais, missionárias e catequéticas, bem como vivenciar uma relação de fidelidade a Deus e à pessoa humana.

O documento Catequese Renovada é perpassado pela convicção de que o processo catequético só acontece no espaço comunitário. "O lugar ou ambiente normal da catequese é a comunidade cristã. A catequese não é tarefa meramente 'individual', mas realiza-se sempre na comunidade cristã" (CR 118). "A fé é sempre vivida e transmitida dentro de uma comunidade" (CR 214). "A comunidade, por isso, é condição indispensável para uma catequese permanente" (CR 315).

A comunidade é fruto de uma lenta e crescente construção e conquista cotidiana. O que caracteriza a comunidade, conforme At 2,42-47, é a educação da fé, a celebração da eucaristia e da palavra, a partilha, os diversos ministérios e serviços, a solidariedade, a alegria da pertença a uma comunidade.

Não se faz um caminho de fé de forma isolada, mas de forma participativa, envolvente, de co-responsabilidade, no fazer fazendo. Na comunidade os adultos são responsáveis pela qualidade de vida. Eles favorecem ou dificultam a vida comunitária. Pelas atitudes e modo de viver sinalizam a justiça, fraternidade e a paz. A comunidade é o lugar natural da catequese e da educação da fé. Os membros da comunidade, através de participação, vivência, compromisso, celebração, partilha e missão, testemunham o seguimento de Jesus Cristo.
Para adulto, na vivência comunitária, é preciso levar em conta alguns referenciais:

  • A Vida em família. É nesta pequena comunidade que todo ser humano aprende os valores substanciais para ser alguém.
  • A realização no trabalho. Através do trabalho, cada um(a) tem a possibilidade de crescer, de desenvolver e ser mais pessoa. O trabalho permite maior realização porque lhe dá a satisfação de contribuir e de sentir-se valorizado por aquilo que produz dentro de uma comunidade.
  • A celebração da vida e da fé em comunidade. O ser humano gosta de festejar, cantar, dançar, expressar seus sentimentos de alegria, não de forma isolada, mas em comunidade.

A celebração engloba a convivência em família e no trabalho.

Como motivar e transformar as nossas comunidades em espaço de encontro, de festa, de convivência, de acolhida e de compromisso?

Fonte: 2ª Semana Brasileira de Catequese
Acompanhe as próximas postagens sobre Método na Catequese.



A EXPERIÊNCIA HUMANA, PONTO DE PARTIDA PARA CATEQUESE COM ADULTOS

Experiência Humana na Catequese.
Todo ser humano é capaz de expressar suas experiências. Estas são diferenciadas em cada pessoa porque elas supõem um espaço e um tempo. Podemos dizer que elas provém do conjunto de conhecimento e de vivências ligadas à realidade. O adulto em geral tem consciência de suas experiências, pois é capaz de interpretá-las dando-lhes significado.
A catequese precisa tomar como ponto de partida a experiência humana, aprofundando-a e valorizando-a. Necessita olhar para cada pessoa e perceber suas aspirações, sentimentos, emoções, inquietudes, sonhos, conquistas, conflitos, crises.
Afirma o Diretório Geral da Catequese:
"A tarefa da catequese é tornar as pessoas atentas às suas mais importantes experiências, ajudá-las a julgar, à luz do Evangelho, as questões e necessidades que nascem dessas experiências, educá-las a uma nova imposição de vida". "O próprio Jesus serviu-se das experiências e situações humanas para mostrar realidades transcendentais e escatológicas, mas também, para ensinar atitudes a ser assumidas diante dessa realidade.(DGC 152).

O Documento Conciliar Gaudium et Spes, que assinala a presença da Igreja no mundo de hoje, mostra esta sensibilidade diante do ser humano: "As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens e mulheres de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem, são também as dos discípulos de Cristo" (GS 1). Por isso, a catequese tem a missão de fazer descobrir Deus nas realidades humanas e de realizar a interação com a mensagem revelada.
O adulto é cercado por múltiplas experiências pessoais e comunitárias, como os relacionamentos familiares e grupais, as convivências no trabalho e estudo, os confrontos existenciais: morte, nascimento, doenças, dor, a comunicação com Deus e consigo mesmo, as descobertas nas diversas e diferentes etapas da vida... Tudo torna-se matéria-prima para a catequese.
Neste sentido, a catequese precisa preocupar-se com experiências individuais e sociais, principalmente no que se refere à luta pela vida, dignidade, paz, justiça, moradia, saúde, educação, direitos humanos, ecologia...
O Diretório Catequético geral (1971) alerta sobre a importância da experiência humana na ação catequizadora. Afirma: "A catequese tem de ajudar homens e mulheres a interpretarem e julgarem suas experiências e também a atribuírem um sentido cristãos à própria existência, evocando a ação de Deus que opera a nossa salvação" (DGC 74).

A nossa catequese é sensível a cada aspecto da experiência humana?
Fonte: 2ª Semana Brasileira de Catequese, n 16,4.1.
Continue seguindo as próximas postagens sobre Método.

O MÉTODO NO PROCESSO EDUCATIVO DA FÉ - ADULTOS

Princípio de Interação inspirador de todos os métodos: Fé e Vida.
No processo educativo da fé apropriamo-nos de métodos. Estes definem o estilo e o modo do fazer catequese. O método tem incidência direta sobre a vivência das pessoas, a forma de organizar a comunidade, de celebrar, de criar relações fraternas e comunitárias.

Os variados métodos utilizados não são prejudiciais, mas favorecem um trabalho mais efetivo e afetivo. O importante é que sejam adequados e ativos, permitindo atingir os objetivos propostos. Caso contrário, assumem uma forma impositiva, autoritária e infantilista, não atendendo a realidade dos adultos. A Exortação Apostólica Catechesi Tradendae assim nos diz:
"A idade e o desenvolvimento intelectual dos cristãos, bem como o seu grau de maturidade eclesial e espiritual e muitas outras circunstâncias pessoais, exigem que a catequese adote métodos muito diversos, para poder alcançar a própria finalidade específica: a educação para a fé. Uma tal variedade é também exigida, num plano mais geral, pelo meio sociocultural em que a Igreja desenvolve a sua atividade catequética. (CT n.51)."

Esta citação atenta para aspectos a serem levados em conta na questão do fazer catequético: a idade, o desenvolvimento intelectual, a maturidade, as circunstâncias pessoais, bem como o meio sociocultural onde as pessoas estão inseridas.
A chave principal do método é a pessoa dentro de um processo de aprendizagem, de descobertas, de buscas e de crescimento contínuo. É a pessoa com sua experiência que assume um valor inquestionável. O adulto faz parte do método, porque se torna sujeito ativo e parceiro no processo.
O documento Catequese Renovada é mais explícito, quando aponta para o chamado princípio de interação, o princípio inspirador de todos os métodos. Este princípio faz "um relacionamento mútuo e eficaz entre a experiência de vida e a formulação da fé, entre a vivência atual e o dado da tradição" (CR 112-114).

"Para uma verdadeira catequese, não basta planejar um bom andamento de um conjunto de temas. Trata-se de promover a integração da caminhada da comunidade cristã com a mensagem evangélica" (CR 283).
O princípio da interação une vários elementos que são vitais no processo catequético:

  • experiência de vida e formulação da fé; 
  • vida e Evangelho; 
  • caminhada da comunidade e mensagem de fé; 
  • Palavra de Deus e vida; 
  • experiência atual e tradição.

A interação "fé e vida em comunidade" perpassa o cotidiano das pessoas. Daí, a necessidade da fé ser formulada na linguagem de cada cultura, de cada povo e de cada pessoa, para ser compreensível e assumida com maturidade.
Para alcançar seu objetivo, a catequese precisa estar atenta para caminhar sobre dois trilhos: A Vida e a Fé.
Não como elementos justapostos, mas que se entrelaçam e se perpassam como uma roupa tecida.
Cabe aqui uma reflexão, enfocando alguns aspectos apresentados nos documentos da Igreja que valorizem elementos metodológicos importantes no procedimento catequético.

Fonte: 2ª Semana Brasileira de Catequese, n.16.3.
Acompanhe as próximas postagens sobre Método.


segunda-feira, 24 de junho de 2013

COMO LIDAR COM AS MÚLTIPLAS SEDES DOS ADULTOS: ELEMENTOS METODOLÓGICOS

CATEQUESE COM ADULTOS
Ter sede é próprio dos seres humanos. Para saciá-la buscam-se várias alternativas. Encontrar água é um grande objetivo. Para alcançá-lo é preciso mover-se, lançar-se e até usar estratégias.
O mundo de hoje cria inúmeras sedes superficiais, em que as pessoas se atiram para saciá-las, mas, na caminhada, percebem que não chegam nunca ao esperado.
  1. Como saciar estas múltiplas sedes que o ser humano almeja estancar? 
  2. Como utilizar a água adequada diante da diversidade de adultos em nossas comunidades?
A Catequese precisa perceber o adulto com suas diferentes sedes, buscas, sonhos, motivações, sentimentos, emoções, inquietações e experiências de vida. E mais, perceber os variados terrenos onde pisam (a cultura, a realidade, as situações, invenções, avanços...), as fontes onde se abastecem (as múltiplas experiências, no relacionamento com Deus, com os outros, consigo mesmo, e com toda a realidade presente), os meios e as estratégias que podem ser utilizados para melhor despertar a busca de realização, a vivência dos valores humanos e a dimensão religiosa. Para isto é preciso ter clareza sobre o que queremos, onde queremos chegar no processo de educação da fé com adultos.

Desafios e forças

O processo de tornar-se adulto e cristão não é uma tarefa fácil diante da complexidade da realidade, contraditória e fragmentada.
A realidade atual envolve as pessoas com grandes possibilidades de crescimento, de realização humana, mas também o desafia com incertezas, inseguranças e inquietações que afetam o modo de ser e de viver a fé.
Neste contexto, é desafiador pensar num método uniforme e único de educação da fé, pois é preciso tomar consciência dos múltiplos questionamentos e desafios que a realidade apresenta, especialmente para o mundo dos adultos. A caminhada para a fé não pode ser dissociada do todo do ser humano, pois ela perpassa toda a vida e a vida toda.
Aqui sobressai uma pergunta: como motivar os adultos para tomar consciência de sua permanente caminhada de fé e inserção na comunidade cristã como crescimento processual?

Alguns referenciais

Neste mundo complexo em que vivemos, as pessoas criam resistências, assumem decisões e aprendem desde cedo a se defenderem para poderem sobreviver. Esta competição nem sempre favorece o seu desenvolvimento e o crescimento humano e cristão. As necessidades de sobrevivência inibem a capacidade de síntese, diante de ideias massificantes apresentadas pelos meios de comunicação.

Há um número crescente de adultos que vive na exclusão, cresce em situações desumanas sem se dar conta da necessidade do crescimento humano, religioso e afetivo na sua consciência de cidadania. Sobreviver passa a ser o eixo da vida.
Vivem-se realidades em que as formas de desenraizamento e desorientação cultural, motivado por constantes migrações, afetam a família, a sociedade e a igreja. O anonimato torna-se gerador de insegurança, violência e perda dos referenciais para a vida.

O mundo individualista leva adultos a perderem as posturas morais, relativizando a vida e seguindo práticas que geram morte como o aborto, uso de drogas, eutanásia, execusões sumárias...

Como trabalhar os referenciais oriundos do Evangelho, a formação da identidade pessoal e o crescimento na fé onde faltam moradia, trabalho adequado, educação sistemática, lazer, oportunidade de trabalho? Tudo afeta o ser humano e sua própria história tornando-o mais frágil e inseguro diante de sua vida e da sua família.
A sociedade moderna se concentra nas grandes cidades e aí pontua seu sistema de vida sobre o espaço e o tempo. O espaço é regido peça força econômica: bancos, vitrines, mercados, shopping... Cria o mundo ilusório do visual. Nesse contexto, a experiência religiosa, além de fragmentar-se, caminha para a satisfação das necessidades imediatas e de forma individual. Diante dessa multiplicidade de situações, não cabem nem modelos nem soluções distantes da realidade onde os adultos vivem.

É preciso procurar alternativas aplicáveis de forma conjunta, a partir do adulto como sujeito da evangelização. Estas alternativas sinalizam para:
  • a busca de sentido à própria vida;
  • o desejo de participação;
  • a defesa da vida em todos os sentidos;
  • o grito da mulher, o índio, do negro e dos grupos marginalizados na reivindicação dos seus direitos;
  • a multiplicidade de voluntários(as) na luta por mais justiça e no anúncio da Palavra;
  • uma intensa busca do espiritual expresso num forte pluralismo;
  • o entusiasmo presente nas comunidades com sentido de provocar maior consciência e pertença.
Podemos dizer que as muitas sedes do adulto passam por três caminhos e temos nas verdades cristãs respostas concretas:
  • de encontro com o transcendente, numa perspectiva de um relacionamento experiencial;
  • de busca de felicidade pessoal, na ânsia de encontrar uma adequada realização;
  • de convivência harmoniosa, isto é, de diálogo, justiça, solidariedade, acolhida...
Diante dos desafios e das sedes, nossa prática será sempre questionada. O centro metodológico situa-se no "como fazer", para animar e despertar os adultos em busca da maturidade na fé, do compromisso com a vida e no engajamento numa comunidade.

O adulto, nosso interlocutor, é sujeito da ação catequética. É a partir dele, de suas necessidades, buscas e interrogações que a catequese ´precisa caminhar. O desafio metodológico com adultos continua sendo centro das preocupações da pastoral e da catequese.
  1. Que motivações oferecemos para os mais variados tipos de adultos no seu crescimento?
  2. Como acolhemos os indiferentes ou os que abandonaram a vida comunitária e a vivência da fé após os sacramentos?
  3. Como evangelizar os que vivem uma religião sem compromisso?
  4. Como atingir de forma mais consistente os que se alimentam apenas pela tradição da religiosidade popular?
Fonte: Estudos-2ª Semana Brasileira de Catequese, n.16
Acompanhe as próximas postagens sobre o Método.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

JORNADA CATEQUÉTICA COM OS SEMINARISTAS































Seminarista João Guilherme: "A Espiritualidade do Catequista"

Seminarista Jorge André: "Iniciação à Vida Cristã e Família"

Pe.Ademar apresentando a Irmã Inês à Comunidade.

Seminarista Edis: "A Catequese a serviço da Iniciação Cristã".

Seminarista Intermediador

 Neste 16 de junho aconteceu a Jornada Catequética conduzida por Seminaristas do Seminário São José da Arquidiocese de Niterói.
Início as 8 horas com a Santa Missa celebrada pelo Neo-Sacerdote Júlio César, logo após um café da manhã.
As onze horas os Catequistas da Igreja Matriz de São Gonçalo e da Capela Rosa Mística reuniram-se no salão paroquial para participarem das apresentações dos seminaristas, com o temas relacionados a Iniciação à Vida Cristã.

Momentos de dinâmicas de grupo, dinâmicas no pátio da Igreja, um delicioso almoço e Plenária dos grupos.




quinta-feira, 6 de junho de 2013

A IGREJA E A PESSOA COM DEFICIÊNCIA

A IGREJA E A PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Ir. Marta Barbosa e Vanilda Silveira

Parte 1 – VER E CONHECER DA HISTÓRIA E REALIDADE

Objetivos da Oficina: Catequese com as pessoas com deficiência

* Terminologia – como tratar e se referir às pessoas com alguma deficiência

* Desafios atuais para a Igreja e para a sociedade

* No século IV: mães de crianças com deficiência, foram encorajadas a poupar a vida desses pequeninos e deixá-los nas Igrejas.

No ano 800 o rei Carlos Magno decretou que estas crianças recolhidas se tornariam cidadãos.
* Início do Cristianismo: via da caridade e da inviolabilidade da vida humana.

* No século IV: mães de crianças com deficiência, foram encorajadas a poupar a vida desses pequeninos e deixá-los nas Igrejas.
No ano 800 o rei Carlos Magno decretou que estas crianças recolhidas se tornariam cidadãos.

 * Na Idade Média: as ordens religiosas começaram a especializar-se nesse “atendimento”, deu-se a origem dos hospícios já especificando deficiências, leprosos, cegos.
São Francisco de Assis morreu cego por volta do ano 1220.

* No século XIV na Europa: as pessoas com deficiência são reprimidas, como mal-feitores e mendigos, perdendo o direito de viverem nas cidades. (exclusão).

  • Nos séculos XVII a XIX, muitas crianças foram abandonadas, expostas no adro das Igrejas, deixadas na portas de conventos, depositadas nas rodas dos hospitais e Santas Casas Brasileiras.
    
                                                           Marcos histórico no Brasil

* Década de 30
INES – Instituto Nacional de Educação para Surdos – Rio de Janeiro
Instituto Benjamin Constant – Cegos – Rio de Janeiro
Lar das Moças Cegas – São Paulo
Sociedade Pestalozzi – Rio de Janeiro
(Visão e abordagem assistencialista e paternalista da deficiência

* Década de 40
Movimento de Evangelização e Promoção Humana – F.C.D.D. – França.
Final dos anos 40 – Monsenhor Vicente de Paulo Penido Burnier – 1º sacerdote surdo da América Latina – falecido em 16 de julho de 2209 – Juiz de Fora – MG

* Década de 50
Associação de Assistência à Criança Defeituosa – AACD – São Paulo
Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação – ABBR – Rio de Janeiro
Instituições geridas fora do aparelho estatal

* Meados dos anos 50
1º APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) – Rio de Janeiro

*Década de 80
1º Seminário Nacional de Catequese Especial - Rio de janeiro

* Década de 90
Estruturação da Pastoral dos Surdos no Brasil
(Hoje a pastoral está presente em 17 Regionais – com mais de 200 Comunidades de Surdos).

De 1983 a1993 - ONU - Dia Internacional da Pessoa com Deficiência – 03 de dezembro – Década das Nações Unidas para as pessoas com deficiência.

* Século XXI
2002 – 2º Seminário de Catequese Especial – São Paulo
2004 – 3º Seminário de Catequese junto à pessoa com deficiência– São Paulo
Criação de um grupo de Estudos para elaboração do Texto-base da CF/2006
Equipe Executiva de Catequese da Pessoa com deficiência -
2006 – 4º Seminário de Catequese junto à pessoa com deficiência – São Paulo
2006 – CF “Fraternidade e Pessoa com Deficiência” – Lema “Levanta-te e vem para o meio”


Parte 2 - ILUMINAR - Jesus é o Mestre, o pedagogo da Iniciação Cristã

                                                  Os dez leprosos – Lc 17, 11-19

Caminhando para Jerusalém, aconteceu que Jesus passava entre as Samaria e a Galileia. Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos foram ao encontro dele.
Pararam de longe e gritaram:
“Jesus, Mestre, tem compaixão de nós”!
Ao vê-los, Jesus disse: “Vão apresentar-se aos sacerdotes”.  Enquanto caminhavam, aconteceu que foram curados. Ao perceber que estava curado, um deles voltou atrás dando glória a Deus em alta voz. Jogou-se no chão, aos pés de Jesus, e lhe agradeceu. E este era um samaritano.
Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?”. E disse a ele: Levante-se e vá. “Sua fé o salvou”.

                                               Jesus e a pessoa com deficiência

Quando Deus criou a humanidade, assumiu com ela um compromisso de Aliança e Amor.
Jesus as dificuldades das pessoas e toma iniciativa (Lc 13,10-13)
Ouve o grito de quem esta à beira do caminho (Mc 10,46-52)
Conhece os seus sofrimentos (Mc 6,34).

As promessas antigas se realizam na pessoa e na prática de Jesus frente aos excluídos da época.
 As ações de Jesus em meio ás pessoas com deficiência, consideradas excluídas das graças divinas, manifestam que Ele é a encarnação do próprio Deus.

Jesus não fica esperando que as pessoas o procurem. O Levanta-te e vem para o meio (Lc 3,3) quis explicitar o caráter inclusivo da proposta de Jesus, unhaca a não esperar que as pessoas com deficiência venham ao nosso encontro, mas sim, agir com espírito de compaixão e misericórdia, isto é, agir com a mesma atitude de Jesus.

Nos Evangelhos percebemos que Jesus não analisa as causas e razões das deficiências, mas convoca a assumir a força de Deus que está dentro da pessoa. Na verdade, Jesus não cria dependência em função da cura, não exige retribuição pelo bem realizado, conforme a narrativa de Lucas na cura dos dez leprosos em que somente um, o samaritano, retornou para louvar a Deus (Lc 17,11-19).

Proposta é anunciar a sabedoria de Deus em favor da vida das pessoas. Não podemos deixar passar aos nossos catequizandos o quem quer que seja a deficiência do ponto de vista da Teologia da Retribuição, pois ela procura mostrar um Deus que cumula os seus fiéis com riqueza e saúde, enquanto castiga os infiéis com a miséria e as enfermidades (Jo 11,13-20).

     
                                                           A visão bíblica do corpo

- Todos os seres humanos foram criados à imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26-27).

Texto Base 2006- 148 – Se, por um lado, as pessoas divinas são infinitamente iguais na unidade, por outro lado, são infinitamente diferentes naquilo o que é próprio de cada uma.

- Na língua hebraica todas as partes do corpo são hipostasiadas e dotadas de atributos psíquicos e espirituais.

“Somos um Falante, Pessoa,única e irrepetível, ícone divino, criado ao som do Verbo e na ressonância de seu Nome” (Miranda, 2000). O corpo é um santuário onde a sabedoria divina se torna visível.

- Salmo 8 – glorificação a Deus pelo ser humano.

- Quando deres um banquete,convida o pobre, o aleijado,os coxos e os cegos. (Lc 14,13)

 - O saudoso João Paulo II diz: “a pessoa deficiente é um sujeito plenamente humano, independente de sua forma de pensar e expressar...”


Parte 4 – Agir – Missão e seguimento: pessoa com deficiência é o protagonista da Catequese

                                      Desafios para a Igreja: Iniciação à Vida Cristã

- Conscientização – a pessoa com deficiência necessita, como todos os fiéis de evangelização e de catequese viva e dinâmica.
* Para sensibilizar e converter, é necessário apresentar a realidade e a situação de vida das pessoas com deficiência e de seus familiares.
* ACESSIBILIDADE FÍSICA E ESPAÇOS DENTRO DA IGREJA

* A conversão é uma mudança de rumo, de sentido. As pessoas “sem deficiência” estão convocadas a “levantar-se” segundo o lema da CF de 2006, sair da exclusão, ter consciência do valor da pessoa com deficiência.

* Conhecer a pastoral que trabalha com alguma deficiência dentro da Diocese ou paróquia.

  • A catequese é a coluna mestra de uma comunidade.
  • O problema com a linguagem e a inculturação do ser de cada pessoa com deficiência.

Uma Igreja sem as pessoas com deficiência é uma Igreja mutilada. E a partir do momento que a Igreja convida, é necessário se adaptar para acolher, e acolher bem.

As pessoas com alguma deficiência:
Préconcepcional (antes do nascimento)
Prenatal (durante a gestação)
Perinatal (no momento do parto)
Pós-natal (após o nascimento)

Deficiências ao longo da vida:
Acidentes domésticos
Acidente de transito
Acidentes de trabalho
Problemas de saúde
Violência urbana
Atitudes fraternas: muitos ficam confusos quando encontram uma pessoa com deficiência

FILMES QUE ABORDAM AS DEFICIÊNCIAS
I - DEFICIÊNCIA FÍSICA
1."GABY UMA HISTÓRIA VERDADEIRA"
2."A CANHOTINHA"
3."AMARGO REGRESSO"
4."O ÓLEO DE LORENZO"
5."NASCIDO EM 4 DE JULHO"
5."O DESPERTAR  À VIDA"
7."O DOMADOR DE CAVALOS"
II – DEFICIÊNCIA SENSORIAL
1."CASTELOS DE GELO"
2."ADORÁVEL PROFESSOR"
III - PARALISIA CEREBRAL
1.    "MEU PÉ ESQUERDO"
 IV - AUTISMO
1.    "RAIN MAN"
V – DEFICIÊNCIA VISUAL
1."O SINO DE ANYA"
2."A PRIMEIRA VISTA"
3."PERFUME DE MULHER"
VI – DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
1."SIMPLES COMO AMAR"
2."GEORGE O OITAVO DIA"
3."FOREST GRUMP. O CONTADOR DE HISTÓRIA"
4."O SELVAGEM DO AVEIRON"
5."UMA LIÇÃO DE AMOR"
VII – DEFICIÊNCIA AUDITIVA
1."FILHOS DO SILÊNCIO"

2."Mr. HOLLAND. ADORÁVEL PROFESSOR.
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CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL
Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética
3ª Semana Brasileira de Catequese
Itaici-SP, 6 a 11 de outubro de 2009