domingo, 17 de novembro de 2013

FORMAÇÃO PESSOAL DO CATEQUISTA

O CATEQUISTA E A CONVIVÊNCIA COM CATEQUIZANDOS JOVENS.

a) Catequista: promotor(a) da comunhão.

Saber conviver é um dom, mas também uma arte; por isto mesmo, pode-se dizer que "aprende-se a conviver". Nascemos necessitados dos cuidados, do afeto e da atenção de outras pessoas e, durante toda a vida, experimentamos a alegria da partilha e da comunhão. Se somos seres criados à imagem do Deus Trindade, comunidade de amor, certamente só seremos felizes à medida que construirmos relacionamentos afetivos verdadeiros e maduros.

Ao contrário, vamos nos perder no desespero da solidão, do fechamento e do egoísmo, que só empobrecem a nossa existência. Desde pequenos, vamos sendo educados para a partilha e a reciprocidade, não somente por conta da cultura que nos cobra isso, mas principalmente porque nossa condição humana exige de nós a convivência. Somos independentes. Nossas diferenças individuais nos convidam a somar a diversidade dos nossos talentos, certos de que as trocas materiais e afetivas agregam muitos valores à nossa vida pessoal.

O (A) catequista, por conta de seu ministério e da mensagem do qual é portador e testemunha - o amor de Deus -, é fundamentalmente um construtor de comunhão. Ele acredita na força do amor, na riqueza da partilha, no valor das diferenças e na importância da comunidade. Por isso mesmo, "o catequista cultiva amizades, presta atenção nas pessoas, está atento a pequenos gestos que alimentam relacionamentos positivos. A delicadeza diária, simples, também é um anúncio do amor de Deus, através da consideração dos sentimentos das pessoas" (Diretório Nacional de Catequese, n.268).

b) A convivência com catequizandos jovens.

Quem se dispõe a catequizar jovens é desafiado a todo instante a aprimorar a arte da convivência, pois se depara continuamente com situações e posicionamentos novos e diversos, muitas vezes até contrários ao, seu modo de pensar. Conviver, aqui, não significa simplesmente "tolerar" algo, como quem suporta um peso, mas "com-viver", isto é, partilhar da vida dos catequizandos, reconhecer a beleza do novo que vai surgindo, colaborando na reflexão e no amadurecimento de certas posições que às vezes não combinam bem com os valores evangélicos.

Significa dar de si, da sua experiência e maturidade, para que a troca seja rica e construtiva. Esse conviver supõe rompimento de preconceitos e de posições arbitrárias ou autoritárias, tolerância, flexibilidade quanto a concepções referentes à vida, firmeza - mas sem rigorismos! - quanto à mensagem que leva e, sobretudo, espírito de abertura, para "chegar ao coração daquele a quem se catequiza" (Catequese Renovada, n.147).
Fonte: Rev.Ecoando Ano XI-n.43).


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