quinta-feira, 4 de abril de 2013

COMUNICAÇÃO NA PASTORAL


Comunicação na Pastoral

a)    O que entendemos por comunicação? (Escrever as palavras principais em faixas)

I – O que é comunicação?

-       A comunicação é um campo de trocas, de integrações, que permitem perceber-nos, expressar-nos e relacionar-nos com os outros, ensinar e aprender. Comunicar-nos é entrar em sintonia, aproximar, trocar, intercambiar, dialogar, expressar, influenciar, persuadir, convencer, solidarizar, tornar transparente, comungar (José Manuel Morán).

b)    O que nos leva a comunicar? (escrever em faixas)

II – Por que comunicamos?

-       Para expressar e buscar o nosso lugar pessoal, a partir do qual interagimos com os outros.
-       Para buscar integrar o eu dividido, integrar todas as dimensões dentro e fora de nós.
-       Para inserir-nos, sermos aceitos e interagir em vários espaços significativos.
-       Para penetrar nas dimensões menos visíveis da realidade, ir além da superfície.
-       Para sermos felizes, realizar as nossas verdadeiras possibilidades, para ajudar os outros a que também se realizem. Porque somos incompletos.
-       Para sermos mais livres, menos dependentes do que nos escraviza, para superar medos, traumas, fechamentos, tensões, egoísmos, dependências.

III – Quais os níveis da comunicação?

-       Pessoal ao global
-       Do intrapessoal até o mundial.
-       Do micro ao macro
-       Das relações entre pessoas até às relações entre países, entre blocos políticos ou religiosos.

A comunicação estrutural, a comunicação política são campos de ação e reflexão fundamentais para a efetiva mudança da sociedade.

c)    Quais desses níveis utilizamos mais? Do qual deles recebemos maior influência?

IV – Como são os processos de comunicação?

-       Mais autênticos – que expressam o que somos, até onde nos percebemos, que manifestam coerentemente a nossa percepção de nós mesmos e dos outros.
-       Inautênticos – que não correspondem ao que percebemos, pensamos e sentimos, que servem a determinados propósitos, que podem levar-nos a deturpar a leitura que os outros fazem de nós – mais ou menos propositalmente.
-       Há os que produzem mudanças e os que não nos modificam.

d)    Como tem sido os nossos processos de comunicação? Somos mais autênticos ou inautênticos? Por quê?

V – Como melhorar a própria comunicação (pessoal):

-       Monitorar constantemente a mim mesmo.
-       Apoiar, incentivar (verbal, afetivo), através do diálogo.
-       Ter tempo para mim.
-       Fazer o que é possível.
-       Não me criticar negativamente. Não deixar que emoções negativas acabem comigo, reconhecendo o sentimento, mas não deixando que tome conta de mim.
-       Manter, desenvolver, no que é possível, atitude de honestidade profunda.
-       Caminhar na direção da simplicidade. Ter o suficiente. Não se apegar aos bens. Processo de liberdade.
-       Não se deve buscar a perfeição, mas a evolução.

e)    Como ligar esses passos da psicologia comunicacional com os valores cristãos? Por que, para o cristão, é importante ter uma boa comunicação? Qual será o nosso modelo cristão de comunicador?

VI – A comunicação em Jesus Cristo

No verbo feito carne, Deus comunica-se definitivamente. Na pregação e na ação de Jesus, a Palavra torna-se libertadora e redentora para toda a humanidade. Esse ato de amor, por meio do qual Deus se revela, associado à resposta de fé da humanidade, gera um diálogo profundo (...) Cristo é simultaneamente o conteúdo e a fonte do que a Igreja comunica ao proclamar o Evangelho (Aetatis Novae, n. 6).

Ler Mc 8, 22-26

Refletir em grupo:
-       O que Jesus fez para libertar o cego?
-       Como nossa comunidade ajuda as pessoas a se libertar de sua cegueira?

Ler Mt 4, 1-11

Refletir em grupo:
-       Identificar na missão das lideranças pastorais as dificuldades no anúncio (Ter, poder, prazer, sucesso).

VII – A comunicação na Igreja

“Considerada à luz da fé, a história da comunicação humana pode ser vista como uma longa viagem desde Babel, lugar e símbolo da decadência da comunicação (cf. Gn 11,4-8), até ao Pentecostes e ao Dom das línguas (cf. At 2,5-11) – a comunicação restabelecida pelo poder do Espírito transmitido pelo seu Filho. Enviada ao mundo para anunciar a boa nova, a Igreja tem a missão de proclamar o Evangelho até ao fim dos tempos. Hoje, ela sabe que isso exige a utilização dos mass media (meios de massa).
A Igreja também sabe que ela mesma é uma communio, uma comunhão de pessoas e de comunidades eucarísticas, ‘que encontra o seu fundamento na comunhão íntima da Trindade e a reflete’(Aetatis novae, 10). Com efeito, toda a comunicação humana está assente na comunicação entre o Pai, o Filho e o Espírito. Mais ainda, a comunhão trinitária alcança a humanidade: o Filho é o Verbo, eternamente ‘pronunciado’ pelo Pai; em e mediante Jesus Cristo, Filho e Verbo que se fez homem, Deus comunica-se a si mesmo e a sua salvação às mulheres e aos homens. (...) A comunicação na e pela Igreja encontra o seu ponto de partida na comunhão de amor entre as Pessoas divinas e a sua comunicação conosco” (Ética nas Comunicações Sociais, n. 3).

Refletindo o texto, apontemos:
-       Qual é o nosso modelo de comunicação? Por quê?
-       A Arquidiocese de Pouso Alegre fez sua opção por uma Igreja que seja comunhão e participação: qual a importância da comunicação na vivência desse modelo de Igreja?
-       Que atitudes comunicativas devemos ter para gerar comunhão?

VIII – Os campos de atuação do comunicador cristão

-       Pessoal: oração, mística, espiritualidade.
-       Interpessoal: acolhida, misericórdia, diálogo, respeito ao diferente, testemunho cristão de vida.
-       Grupal: vida de comunidade, busca do bem-comum, convívio com as diferenças, serviço de animação e coordenação, testemunho trinitário de vida.
-       Meios de comunicação social (jornal, rádio, TV, revistas, cinema etc.)
-       Uso dos meios para: divulgar a boa nova de Jesus, educar as comunidades, servir ao bem-comum, defesa da vida, espaço para a vivência da cultura própria etc.
-       Educar para os meios: discernir entre o que é construtivo e o que não é; educar para a recepção dos meios.

IX – A Pastoral da Comunicação

-       Serviço à comunidade.
-       Está atenta à comunicação feita na comunidade e à comunicação recebida pela comunidade.
-       Prepara e forma pessoas para exercerem atividades comunicativas nos diversos campos de atuação.
-       Atua junto aos meios de comunicação não eclesiais, para divulgar as ações da comunidade e da Igreja como um todo.
-       Estuda e reflete os documentos da Igreja e outros sobre a comunicação, para aprofundar os temas e trazê-los para a realidade local.
-       Estimula e orienta para os processos comunicacionais e à compreensão dos mesmos, nas diversas pastorais e movimentos existentes.
-       Assessora a comunidade na construção de meios eficazes para anunciar e divulgar as suas ações.

(Fonte: Pe. Leandro).

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