Comunicação
na Pastoral
a)
O
que entendemos por comunicação? (Escrever as palavras principais em faixas)
I – O
que é comunicação?
-
A
comunicação é um campo de trocas, de integrações, que permitem perceber-nos,
expressar-nos e relacionar-nos com os outros, ensinar e aprender. Comunicar-nos
é entrar em sintonia, aproximar, trocar, intercambiar, dialogar, expressar,
influenciar, persuadir, convencer, solidarizar, tornar transparente, comungar
(José Manuel Morán).
b)
O
que nos leva a comunicar? (escrever em faixas)
II –
Por que comunicamos?
-
Para
expressar e buscar o nosso lugar pessoal, a partir do qual interagimos com os
outros.
-
Para
buscar integrar o eu dividido, integrar todas as dimensões dentro e fora de
nós.
-
Para
inserir-nos, sermos aceitos e interagir em vários espaços significativos.
-
Para
penetrar nas dimensões menos visíveis da realidade, ir além da superfície.
-
Para
sermos felizes, realizar as nossas verdadeiras possibilidades, para ajudar os
outros a que também se realizem. Porque somos incompletos.
-
Para
sermos mais livres, menos dependentes do que nos escraviza, para superar medos,
traumas, fechamentos, tensões, egoísmos, dependências.
III –
Quais os níveis da comunicação?
-
Pessoal
ao global
-
Do
intrapessoal até o mundial.
-
Do
micro ao macro
-
Das
relações entre pessoas até às relações entre países, entre blocos políticos ou
religiosos.
A comunicação estrutural, a comunicação
política são campos de ação e reflexão fundamentais para a efetiva mudança da
sociedade.
c)
Quais
desses níveis utilizamos mais? Do qual deles recebemos maior influência?
IV –
Como são os processos de comunicação?
-
Mais
autênticos – que expressam o que somos, até onde nos percebemos, que manifestam
coerentemente a nossa percepção de nós mesmos e dos outros.
-
Inautênticos
– que não correspondem ao que percebemos, pensamos e sentimos, que servem a
determinados propósitos, que podem levar-nos a deturpar a leitura que os outros
fazem de nós – mais ou menos propositalmente.
-
Há
os que produzem mudanças e os que não nos modificam.
d)
Como
tem sido os nossos processos de comunicação? Somos mais autênticos ou
inautênticos? Por quê?
V –
Como melhorar a própria comunicação (pessoal):
-
Monitorar
constantemente a mim mesmo.
-
Apoiar,
incentivar (verbal, afetivo), através do diálogo.
-
Ter
tempo para mim.
-
Fazer
o que é possível.
-
Não
me criticar negativamente. Não deixar que emoções negativas acabem comigo,
reconhecendo o sentimento, mas não deixando que tome conta de mim.
-
Manter,
desenvolver, no que é possível, atitude de honestidade profunda.
-
Caminhar
na direção da simplicidade. Ter o suficiente. Não se apegar aos bens. Processo
de liberdade.
-
Não
se deve buscar a perfeição, mas a evolução.
e)
Como
ligar esses passos da psicologia comunicacional com os valores cristãos? Por
que, para o cristão, é importante ter uma boa comunicação? Qual será o nosso
modelo cristão de comunicador?
VI – A
comunicação em Jesus Cristo
No verbo feito carne, Deus comunica-se
definitivamente. Na pregação e na ação de Jesus, a Palavra torna-se libertadora
e redentora para toda a humanidade. Esse ato de amor, por meio do qual Deus se
revela, associado à resposta de fé da humanidade, gera um diálogo profundo
(...) Cristo é simultaneamente o conteúdo e a fonte do que a Igreja comunica ao
proclamar o Evangelho (Aetatis Novae, n. 6).
Ler Mc 8,
22-26
Refletir em grupo:
-
O
que Jesus fez para libertar o cego?
-
Como
nossa comunidade ajuda as pessoas a se libertar de sua cegueira?
Ler Mt
4, 1-11
Refletir em grupo:
-
Identificar
na missão das lideranças pastorais as dificuldades no anúncio (Ter, poder,
prazer, sucesso).
VII – A
comunicação na Igreja
“Considerada à luz da fé, a história da
comunicação humana pode ser vista como uma longa viagem desde Babel, lugar e
símbolo da decadência da comunicação (cf. Gn 11,4-8), até ao Pentecostes e ao
Dom das línguas (cf. At 2,5-11) – a comunicação restabelecida pelo poder do
Espírito transmitido pelo seu Filho. Enviada ao mundo para anunciar a boa nova,
a Igreja tem a missão de proclamar o Evangelho até ao fim dos tempos. Hoje, ela
sabe que isso exige a utilização dos mass
media (meios de massa).
A Igreja também sabe que ela mesma é uma
communio, uma comunhão de pessoas e de comunidades eucarísticas, ‘que encontra
o seu fundamento na comunhão íntima da Trindade e a reflete’(Aetatis novae,
10). Com efeito, toda a comunicação humana está assente na comunicação entre o
Pai, o Filho e o Espírito. Mais ainda, a comunhão trinitária alcança a
humanidade: o Filho é o Verbo, eternamente ‘pronunciado’ pelo Pai; em e
mediante Jesus Cristo, Filho e Verbo que se fez homem, Deus comunica-se a si
mesmo e a sua salvação às mulheres e aos homens. (...) A comunicação na e pela
Igreja encontra o seu ponto de partida na comunhão de amor entre as Pessoas
divinas e a sua comunicação conosco” (Ética nas Comunicações Sociais, n. 3).
Refletindo o texto, apontemos:
-
Qual
é o nosso modelo de comunicação? Por quê?
-
A
Arquidiocese de Pouso Alegre fez sua opção por uma Igreja que seja comunhão e
participação: qual a importância da comunicação na vivência desse modelo de
Igreja?
-
Que
atitudes comunicativas devemos ter para gerar comunhão?
VIII –
Os campos de atuação do comunicador cristão
-
Pessoal:
oração, mística, espiritualidade.
-
Interpessoal:
acolhida, misericórdia, diálogo, respeito ao diferente, testemunho cristão de
vida.
-
Grupal:
vida de comunidade, busca do bem-comum, convívio com as diferenças, serviço de
animação e coordenação, testemunho trinitário de vida.
-
Meios
de comunicação social (jornal, rádio, TV, revistas, cinema etc.)
-
Uso
dos meios para: divulgar a boa nova de Jesus, educar as comunidades, servir ao
bem-comum, defesa da vida, espaço para a vivência da cultura própria etc.
-
Educar
para os meios: discernir entre o que é construtivo e o que não é; educar para a
recepção dos meios.
IX – A
Pastoral da Comunicação
-
Serviço
à comunidade.
-
Está
atenta à comunicação feita na comunidade e à comunicação recebida pela
comunidade.
-
Prepara
e forma pessoas para exercerem atividades comunicativas nos diversos campos de
atuação.
-
Atua
junto aos meios de comunicação não eclesiais, para divulgar as ações da
comunidade e da Igreja como um todo.
-
Estuda
e reflete os documentos da Igreja e outros sobre a comunicação, para aprofundar
os temas e trazê-los para a realidade local.
-
Estimula
e orienta para os processos comunicacionais e à compreensão dos mesmos, nas
diversas pastorais e movimentos existentes.
-
Assessora
a comunidade na construção de meios eficazes para anunciar e divulgar as suas
ações.
(Fonte:
Pe. Leandro).
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